O Cantinho da Ritinha é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que se dedica à criar um ambiente de amor e carinho para os animais de rua e abandonados do interior do estado do Rio de Janeiro. Atualmente, o Cantinho da Ritinha não possui qualquer renda fixa e ou capacidade, tanto de recursos quanto instalada, de fazer resgate e cuidar de mais animais, que já são mais de 80. A ajuda mensal é essencial para que este quadro se reverta e o Cantinho possa continuar o seu trabalho. 

Quer conhecer um pouco mais? Acesso aqui para acessar um vídeo do YouTube sobre o Cantinho da Ritinha e leia o texto abaixo: 

 

Título da reportagem: “Meet the Kind Man Who is Working Tirelessly to Create a Refuge for Brazil’s Street Dogs” (Conheça o homem amável que está trabalhando incansavelmente para criar uma refúgio para os cães de rua brasileiros)

Link: http://www.onegreenplanet.org/animalsandnature/man-who-is-working-tirelessly-to-create-a-refuge-for-brazils-street-dogs/

Data de publicação: 13/06/2016.

 

            A reportagem acima foi elaborada por Lisa Lucille Owens, membro do Departamento de Sociologia da Universidade de Columbia, Estados Unidos, e visa demonstrar algumas conclusões iniciais da análise do trabalho executado por Sergio Luiz Daflon Monnerat no Cantinho da Ritinha. A matéria teve mais de duas mil visualizações por pessoas de todo mundo, tendo sido publicada na revista eletrônica One Green Planet, especializada no desenvolvimento de uma cultura de crescimento compassivo e consciência ecológica de gerações, tendo por foco atingir populações, industrias e políticas públicas.

            Segundo a reportagem, o trabalho desenvolvido no Cantinho da Ritinha “preenche um vazio deixado pela política local e nacional que favorece o extermínio esporádico”[1]. A matéria aborda os paradoxos entre as relações da sociedade humana e os cães de rua, onde é clara uma “crise de identidade”, pois, enquanto os animais de estimação são um elemento cultural da sociedade brasileira, bem como a crescente atenção aos problemas ambientais e preservação de animais selvagens, os cães de rua não possuem o mesmo tratamento, reproduzindo-se indiscriminadamente em ambientes urbanos sem qualquer tipo de cuidado da sociedade ou mesmo políticas públicas que tenham este enfoque específico. O artigo dá realce especial aos contrastes da interação dos membros da sociedade com os cães de rua (onde a autora usa a expressão vira lata), pois

Se alguém andar pelas ruas à noite, vê-se camas improvisadas e vasilhas velhas de sorvete cheias de água e comida de cachorro. Ainda assim, apesar da relação que a cidade tem com os cães, eles não são vacinados ou castrados e são sujeito a sofrer de doenças e machucados de carros e pessoas[2].

            É importante perceber que, nesta passagem, o artigo realça o déficit de uma cultura de reconhecimento direcionada aos cães de rua, principalmente pela percepção de que sua situação atual é diretamente influenciada pelas ações humanas que determinam a dinâmica daquele ambiente social. Por simetria, este lapso reflete a ausência de políticas públicas por todo País que visem agregar estes animais e seus direitos aos da sociedade humana ou mesmo de desenvolver uma cultura de cuidado com os animais de rua. Apesar dos movimentos populares contrários as políticas de extermínio animal, estes só atingem de fato os cães domésticos. Em muitos momentos, os cães de rua não sofrem este tipo de atitude, mas também não há nenhum esforço positivo de cuidado com os mesmos, tanto por parte da população quanto do poder público.

            Segundo o artigo, é neste vazio de ações que é executado o trabalho de Sergio Luiz Daflon Monnerat no Cantinho da Ritinha. Atualmente, o Cantinho fica situado em uma localidade rural cedida nos arredores de Cordeiro, onde Sergio acolhe animais de rua necessitem de cuidados especiais. Por ser um trabalho sem qualquer fim lucrativo, Sergio conta com parcos recursos advindos por meio de doações, bem como materiais oriundos da localidade para edificar os abrigos e itens necessários ao cuidado com os animais.

            O escrito realça o altruísmo de Sergio ao executar o trabalho sem qualquer tipo de compensador, lhe bastando a alegria e gratidão tangíveis que os animais lhe dão. Os cuidados de Sergio não se restringem aos comuns como alimentação e prevenção de doenças, mas também ações repressivas de moléstias e injúrias que acometem os animais do Cantinho, sendo mostrado na publicação o exemplo de Ana, “uma cadela resgatada quando morria de doença intestinal e teve parte de seu intestino removido, [estando] saudável hoje”[3]. Sergio ainda afirma que trabalha com veterinários locais e companhias farmacêuticas que fornecem seus serviços e produtos gratuitamente ou com desconto, ainda contando com alguns poucos recursos doados ou arrecadados, somados ao seu ganho modesto, para dar continuidade ao trabalho.   

            A matéria também é sensível ao destacar que existem movimentos populares em prol do bem-estar dos cães de rua, bem como o estímulo aos atos de adoção. Estes movimentos atuam ao lado de indivíduos como Sergio que trabalham incansavelmente para criar ambientes seguros para os animais, prevenindo crueldade e dando o mínimo de cuidado necessário.

 


[1]  No original: “works to fill a void left by local and national policy that favors sporadic extermination”. Tradução nossa.

[2] No original: “If one walks through the streets at night, one sees makeshift beds and old ice-cream containers filled with fresh water and dog food.  Still, despite the relationship that the city has with its dogs, they are not vaccinated or spayed/neutered and are subject to suffering from disease or injury from cars and people.” Tradução nossa.

[3] No original: “a dog rescued when dying of an intestinal disease and that had part of her intestine removed,  is healthy today”. Tradução nossa. 

Recompensas

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